Viver com aquilo que já temos

Andava pelas ruas da city, como costumo fazer. Uns 30 minutos por dia. Caminhar sempre me estimula a pensar, meche com meus neurônios, conexões se fazem e um dos temas que conversei com meus botões imaginários foi que precisamos viver com aquilo que temos. É claro que é fácil falar isso sendo alguém que já tem tudo o que precisa e não precisa comprar mais nada.

Pensei nas comparações que se faz entre países nórdicos e o Brasil. Sim, Suécia X Brasil. Comparações injustas, pois a Suécia já fez tudo que precisava fazer. Só precisa cuidar e manter. Certamente a maioria dos suecos tem casa, carro, emprego, enfim, as necessidades mais urgentes e as dispensáveis também, eles tem. O pib deles não pode ser comparado ao nosso, mas certamente eles tem reservas muito maiores. Poderiam sustentar cada cidadão com um salário  por mês sem perder suas reservas, mas mesmo assim, eles se preparam para um processo que já existe: a diminuição e quase ausência do consumo de massa.

Aqui não podemos ainda lançar mão desse esquema diante de tantas desigualdades. São poucos que tem muito e muitos que tem pouco. Mas ações individuais são bem vindas. Vc. quer desacelerar o consumo, faça. Não espere por modismos ou leis de governo.

Eu por exemplo: compro uma calça jeans e uso até rasgar, depois eu compro outra. Não tenho 10 calças jeans no armário. Se disserem que estou sempre com a mesma roupa, não ligo. Ok, eu não saio para trabalhar todos os dias, portanto, não preciso de uma coleção de roupas de trabalho. Isso facilita minha vida. Doo muitas roupas que não servem mais.

Hoje com a facilidade de comprar roupas, o descarte é enorme. 

Há montanhas de lixo formadas por roupas (ou fabric trash) que alguns países tentam se livrar enviando para países subdesenvolvidos. Sempre me preocupa o que fazer com roupas que não podem ser mais usadas: calcinhas, meias, Simplesmente são jogadas no lixo comum e a natureza dos lixões que se encarregue de dar fim a elas
.

Cada um que faça a sua parte porque esperar que alguém nos obrigue a fazer é o cúmulo do comodismo ou cinismo.