Temos que esperar a irmã abrir a porteira. Era para abrir às 6:30 mas às 6:00 já tinha gente pronta esperando. Saio e já sei que sair de León vai ser difícil. A sinalização é precária dentro da cidade. Estou indo para um lado e um espanhol me chama. Diz que dá para cortar caminho. Sigo com ele e vejo que se tivesse ido sozinha teria me perdido. Depois que saímos da área urbana ele diz que vai andar mais rápido e desaparece. Em La Virgen del Camino paro em um bar para tomar café. Tem uma placa dizendo para não trazer comida de fora, mesmo assim como meu sanduiche discretamente. Era melhor ter ficado aqui que em León. Nesse trecho tem duas opções de caminho. Escolho o caminho principal ao invés do alternativo. Quase todo seguindo o asfalto. Num determinado ponto não vejo mais indicações e penso que me perdi. Paro em uma fonte para descansar e decido seguir pelo asfalto até que as setas amarelas voltam a aparecer.
Em Villadangos del Paramo paro em frente a um posto para tomar uma fanta e comer o resto do sanduíche. Já é quase meio dia e está muito quente.
Os últimos km até San Martín são ao longo de canais que transportam água para irrigar as plantações. Há uma extensa rede de canais pelo caminho. Nessas áreas áridas sem a irrigação não seria possível produzir nada. Mesmo com a seca parece que há abundância de água.
San Martín tem uma caixa d´água num formato estranho. Se vê de longe e parece um disco voador. O Albergue Municipal fica em baixo do disco voador, mas estava em reforma e com um recado para ligar para o hospitaleiro. Não tinha telefone e então voltai para outro Albergue por onde já havia passado. O Albergue da Ana. Muito simpático, 6Eu.
Depois da siesta fui ver se tinha algum mercado aberto. Depois de rodar por algumas ruas perguntei para uma senhora que me falou onde era. Comprei algumas coisas e fui no bar tomar uma cerveja sem álcool. A moça me deu "un tapas" de cortesia. Azeitonas. Alguns bares fazem isso. Imagino que seja para que vc. depois peça mais. Estava passando o jogo do Brasil pela Copa das Confederações na África do Sul. Todo mundo torcendo para o Brasil.
Voltei para o albergue e algumas pessoas estavam almoçando. Entre elas dois gaúchos que vieram me perguntar se eu ara brasileira por causa da camisa do Cruzeiro.
Acessei a Internet, vi um pouco de novela espanhola.
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