O autor na época em que fez a pesquisa era ateu, hoje parece que é budista. Também é jornalista, músico e poeta. Daqueles que presam pelas boas histórias e vão onde for necessário para encontrá-las. Leitores cristãos parece que ficam incomodados com o ateísmo do autor. Ele não está falando de religião, mas de como algumas pessoas mantiveram um pretenso cristianismo oculto do regime comunista e da revolução de Mao. A religião cristão é a que mais cresce na China atual. Milhões de bíblias são impressas por minuto.Fala-se até em mafia da bíblia, de tão lucrativo que deve ser imprimir bíblias num país com milhões de compradores em potencial. Digamos que seria o "negócio da hora" Mas não foi sempre assim. Sob o regime comunista todas as religiões ocidentais e mesmo as locais foram banidas. Somente o que o partido permitisse podia ser cultuado. Mesmo assim quem era cristão continuo seu culto seja clandestinamente ou abertamente, assumindo ou sofrendo as consequências. Para mim não faria sentido uma religião ocidental ser praticada no oriente, mas o livro prova que o cristianismo estilo católico ou evangélico casa muito bem com o temperamento chinês. Eles encontraram mais apoio e conforto para suas mazelas nessa religião, dentro de um ciclo longo de perversidades cometidas pelos comunistas e pelos maoistas. Os missionários estrangeiros foram muito uteis construindo escolas, hospitais, ensinando-os alguma atividade que os permitisse sobrevier em lugares remotos. Enquanto que no budismo era o oposto: cada um por si. Com entrada do comunismo e depois da revolução vermelha piorou para quem manifestasse qualquer crença que não fosse a no líder do partido. As coisas melhoraram um pouco a partir da abertura da China para o ocidente, que é muito recente e ainda sofre controle.
O autor foi preso por escrever um poema sobre o massacre na praça da Paz Celestial (Tianamen). Ficou alguns anos na prisão. Quando recebeu autorização para se apresentar em um concerto na Alemanha, não voltou mais ao país."Muitos chineses fazem qualquer coisa por ganhos materiais triviais e não tem consideração pela moralidade, ética ou lei."
A doutrina cristã foi introduzida na China por Gengis Khan que queria adotar uma religião unificada. Conta-se que ele enviou emissários à Roma para pedir que o papa enviasse missionários, mas os religiosos não queriam ir, e os que iam desistiam em algum momento do caminho por temor. A região era considerada muito salvagem. Missionários cristãos nunca deixaram de tentar penetrar no oriente.
Mas não havendo colaboração do papa Gengis Khan acabou adotando o budismo como religião oficial do seu império.
Um texto de autor chinês sempre trará alguns provérbios:
"A árvore morrerá se replantada, mas a pessoa prosperará quando trocar de morada."
"O céu está muito alto e o imperador muito longe."
"Pessoas de pavio curto têm vida curta."
"À beira do precipício, puxe as rédeas do cavalo."
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