Quando fui morar em Floripa tive uma experiencia de quase afogamento. Foi na praia da Joaquina. Estava ali na beira da praia baiando. Quando vi a correnteza me puxou para perto das pedras. Eu não sabia nadar e quando percebi que meus pés não tocavam o chão fiquei sem chão. O que fazer. Eu queria gritar mas a voz não saia ou parecia tão fraca que ninguém escutaria. Havia pessoas em cima das pedras e surfistas esperando para remar até as ondas. Eu então mexi os braços como quem chama. Ao fazer esse gesto eu afundei. Quando afundei lembrei de mexer as pernas e então subi. Vi que alguém das pedras gritava: "Ela está se afogando. Ajuda ela." Foi o que me salvou. Um alerta das pedras e um surfista veio e me puxou até a praia. Não era um lugar muito fundo. Se tivesse me afogado teria sido no raso.
Quando vejo pessoas tecendo comentários sobre eventos de afogamento penso que é fácil fazer conjecturas de fora. Mas estar na situação é algo muito complicado. É raro algum leigo sem treinamento em resgate ficar calmo. A reação mais comum é ficar em estado de choque, ou seja sem reação. Você demora para pensar no que vai fazer, Mesmo sabendo o que tem que fazer. E essa demora pode ser fatal.
Na época eu não sabia o que fazer. Clique na imagem pra ampliar.
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