A farsa do impeachment tem uma flecha certeira: preparar o terreno para o próximo presidente.
A estratégia desde o inicio foi o já manjado "bode na sala". Ou seja tornar o governo ingovernável através de ações nas ruas, no congresso e no senado, com auxílio dos meios de comunicação de massa. Operações da PF. Julgamentos no STF. O teatro já é conhecido. Que segue na interinidade.
É o que provavelmente ocorrerá. Mas tem um detalhe que é imprevisível: a reação das pessoas. Grupos armados podem estar se articulando por ai como nos tempos da resistência. E por mais que se coloque forças de contenção, as pessoas que estão despertando para proteger as conquistas sociais não largarão esse osso tão cedo. Dilma foi presa com uma arma na bolsa. Ele não foi presa porque estava na Av. Paulista protestando contra os militares. Naquele tempo não havia liberdade para se manifestar. A luta era noutro patamar, mais letal. O atual governo, que deveria ser provisório, mas se instala como permanente, não se intimidará com quem está ai fazendo barulho nas ruas, nos prédios e nas redes sociais. Foram eles que fizeram barulho até a pouco. Só ações mais duras os assustariam. Um enfrentamento de guerrilha como nos tempos da ditadura, mas todos pedem paz e calma. Enquanto as pessoas se apressam em fazer piadas, memes e desenhos do novo mordomo da república das bananas. O mordomo vai fazendo a faxina nos avanços já conquistados.
Costuma-se dizer que há males que vem para o bem. Essas pessoas que se uniram para trair sua pátria na verdade fazem um favor à ela também, por inversão, pois essa geração que ai está e que virá não se calará diante dos mandos e dos desmandos de políticos corruptos.
Em tempo, enquanto nos distraiamos com o desmonte do governo (o bode na sala), os traíras seguiam se blindando, mas alguém iria entrega-los cedo ou tarde. E agora José?

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