
Mirafiore foi o maior parque industrial automobilístico do mundo. Nessa vila gigantesca se produzia carros, motos, turbinas, aviões e bicicletas. A área total era de dois milhões de km2. Tinha trem e estradas ligando aos pontos de coleta da fábrica e uma central geradora de eletricidade. Também tinha um imenso refeitório, além de uma área enorme para lazer, com piscina e campos de tênis, golfe e jogos. Um empreendimento engenhoso em plena guerra mundial. Apoiado por Mussolini tinha um forte sindicato atuando dentro da fábrica que tinha em torno de 50 mil operários. Muitos nem tinham o que fazer, mas recebiam mesmo assim. O sindicato era apoiado pelo El Duce, este dependia dessa massa de gente para apoia-lo. Muitas greves aconteceram dentro da fábrica ao longo dos anos. A fábrica fica em Turim, na Itália. Em 2012 eram em torno de 5000 funcionários. Popularmente, é mais conhecida como FIAT. Marca que detêm o parque desde a fundação até hoje. Porém, a FIAT tem sido desmontada e se transferido para outros países em busca de isenção de impostos. A FIAT italiana não é mais 100% italiana. Agora divide seu capital com a holandesa Chrysler e se chama Fiat-Chysler (FCA).
O livro é interessante para quem gosta de carros e da história da industrialização desse setor. A par disso todo o processo de construção de uma impressa com dinheiro público, que trouxe grandes benefícios a população, mas que é e sempre foi de uma única família, os Agnelli. Pense no poder que essa gente tem. Esse poder foi construído por milhares de pessoas que não participam mais de seus lucros. É como se o prefeito, com recursos públicos, contristasse um negócio só para mim ou minha família lucrar com ele. Infelizmente, isso ainda acontece muito.
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