The only real voyage of discovery consists not in seeking new landscapes, but in having new eyes. Marcel Proust


domingo, 9 de fevereiro de 2014

Livro: Bio-Diário de Oaxaca

Não lembro de ter lido os livros de Oliver Sacks: Um Antropólogo em Marte, O Homem que Confundiu sua Mulher com um Chapéu, Tempo de Despertar (Vi o filme), entre outros menos conhecidos.


Esse livro me interessou por relatar uma expedição botânica de um grupo de pessoas ligadas a uma sociedade amadora dedicada a estudar samambaias (American Fern Society). Por que não existe esse habito aqui no Brasil?
Nos Estados Unidos esse tipo de sociedade anônima ou clube de estudo é incentivada desde os primeiros anos de vida escolar. Por isso há milhares de sociedades anonimas, desde as mais sérias as mais aparentemente inúteis. O objetivo nem sempre é tão serio e sim proporcionar um ambiente informal para as pessoas conversarem, aprenderem sobre um determinado tópico, e talvez, indiretamente criar um ambiente de amizades. Coisa muito importante em uma sociedade como a americana onde há uma grande dificuldade em fazer amizades, se comunicar e confiar nos outros. Emfim, não precisa ser botânico para fazer parte da sociedade de botânicos amadores.

Mas sociedades de amadores não são passatempos. Para eles é coisa séria. Muitas descobertas vieram e ainda vem de amadores não só na botânica, mas na zoologia, na astronomia, geologia e em outras áreas.

Um dos meus sonhos como amante de alguns tópicos seria fazer parte de alguns desses grupos. Aqui no Brasil talvez tenha algum grupo: de fotografia, de observadores de pássaros, de leitura, etc.
Mas não onde vivo agora. Só se eu organizar algum.

Sociedades cientificas amadoras costumam ter periódicos e publicar seus achados. Algumas são muito antigas.

Esse livro me interessou por ser sobre Oaxaca, uma região do México, que volte e meia ouço falar mas nunca pesquisei sobre ela.

Por que samambaias? Por que Oliver Sacks nasceu em Londres e sua mãe e parentes tinham muitas samambaias em casa. Ele costumava ir com a irmã ao Kew Garden.

Sim, nós também tivemos samambaias em casa. Muitas. Dentro e fora de  casa. Ainda temos algumas penduradas na árvore e uma espécie que cresce no chão. Houve um tempo que era uma febre ou modismo ter samambaias. O xaxim usado para fazer vasos sumiu das mata atlântica. O xaxim é parte do tronco da samambaia arbórea. Agora só tem vaso de fibra de coco.
Às vezes penso que algumas pessoas só vão ao México em busca do Mescal assim como outras só vão à Amazônia em busca do chá de santo daime ou na dizer dos incas, ayahuasca ambas,bebidas psicodélicas de reação imprevisível.

Certa vez, em BH, conheci uma inglesa que estava percorrendo o mundo em busca de drogas diferentes e experimentar o daime e o mescal estava na sua lista de experiências psicodélicas.

Diários nem sempre são interessantes ao leitor. São mais interessantes para quem os escreve.

Nenhum comentário: