The only real voyage of discovery consists not in seeking new landscapes, but in having new eyes. Marcel Proust


quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Novamente, a luta é por independência

Tenho horror ao sete de setembro. Desde os tempos de escola. Nunca gostei do aspecto marcial do evento. Na minha cidade resumia-se a marchar na avenida até um palco onde as bandeiras eram astreadas ao som do hino à bandeira, e os políticos discursavam. Não mudou muito. 

Uma vez foi ao desfile na cidade vizinha. Havia cavalaria, exército com armas em punho e canhões. Foi pior. Me embrulhou o estomago. Nunca mas quis ver. Moro perto do evento, mas só de ouvir a banda que começa a ensaiar um mês antes, abstraio. 

Meu pai serviu no exercito no Rio de Janeiro, Tem fotos dele na praia de Copacabana. Ele queria seguir carreira militar, mas meu vô sabiamente não deixou. Logo veio a ditadura. Quem sabe o que ele teria que fazer: bater em pessoas, torturar, talvez até ferir gravemente ou matar. Meu vô sabia que, naquele momento, não era um bom caminho para seu filho.

Acho que ele não gostaria de ver seu filho maltratando as pessoas como fazem hoje os policiais que agridem gratuitamente pessoas nas manifestações pelo país. Eles deveriam ficar do lado de quem lhes paga o salário e não do lado de quem manda. Afinal, eles inverteram as coisas e esqueceram que o patrão é a população e não o governador ou o chefe da polícia local-estadual ou mesmo o ministro da injustiça.

Resultado de imagem para independencia ou morteEnquanto as pessoas forem submissas e deixarem que outros mandem por si, nada, nada mudará.
Hoje o Brasil precisa reconquistar sua independência. Precisa gritar novamente: "Independência ou morte!", pois está na mãos de bandidos corruptos. Talvez seja mais difícil do que foi para D. Pedro I, na data que se comemora. Dali em diante os tiranos foram se sucedendo golpe após golpe. Não gostamos de D. Pedro II. D. Pedro II retira-se e volta para Portugal. Não gostamos de Vargas, pressionamos ele até a morte. Não gostamos de Juscelino, mondamos ele ao exílio. Não gostamos de Dilma, mandamos ela para casa cuidar do neto. E essa sequencia provavelmente continuará.


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