The only real voyage of discovery consists not in seeking new landscapes, but in having new eyes. Marcel Proust


domingo, 14 de agosto de 2016

Livro: Autoimperialismo


Três ensaios sobre o Brasil e seus monumentos ou a destruição dos espaços públicos ou nem tão públicos, como as desapropriações ou expulsões para construir naves espaciais. 

Resultado de imagem para autoimperialismo benjamin moserB. Moser é talvez um dos poucos estrangeiros que odeia o estilo Oscar Niemeyer de arquitetura. Talvez não por sua formas, mas pelo espaço que ele ocupa. São obras que para o autor da biografia de Clarice, ocupam a função de preencher a paisagem e de serem gigantes. As interferenciais arquitetônicas de Niemeyer, para o autor, apequenam as pessoas. Ele também não perdoa que Oscar fosse fã de Fidel, Stalin. 

A vontade de destruir a história, o passado, para limpar a paisagem e criar outra renovada e moderna também o incomoda (a chamada revitalização). a desocupação de espaços habitados por população pobre ou indefesa para dar lugar a estádios ou obras que só beneficiam um número limitado de pessoas já privilegiadas, além de por essas pessoas que ali viviam para fora do seu chão causando um enorme estrago social e psicológico, é imperdoável, mas acontece a todo momento. 

O poder público aliado a grandes construtoras e empreendedores que financiam políticos em suas campanhas, impõe sua contrapartida. Doa a quem doer. Os ensaios são superficiais e não acrescentam nada de novo. A exceção de ele ter descoberto por um insight que o Brasil se autodestrói ao contrário do seu país de origem (EUA) que destrói outros países. Não sei o que é pior, mas acho que as duas situações são tristes.

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