The only real voyage of discovery consists not in seeking new landscapes, but in having new eyes. Marcel Proust


sexta-feira, 25 de novembro de 2016

EBook: Sem lugar para se esconder

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Glenn Greenwald ficou conhecido quando revelou ao mundo a façanha de Edward Snowden, o espião que parodiando um outro livro, ao invés de sair do frio, foi para o frio. Ele trabalhava para a agencia americana de espionagem NSA. Uma vez lá dentro começou a ver o que os caras faziam e ficou "indignado". Juntou provas e deu no pé. Foi perseguido por agentes do mal, como num filme americano, só encontrou refúgio na casa do inimigo mor do seu ex país, a Rússia. Weel, quem já tinha ouvido falar em Gleen Greenwald até então? Hoje Glenn é o inimigo number one (entre jornalistas) da poderosa media brasileira. A mesma que a pouco tempo lhe deu destaque em uma série no Fantástico com entrevista de Snowden e tudo mais. Glenn mudou de lado ou só estava fazendo um trabalho temporário na TV de maior audiência do país. Agora seu site The Intercept é que tem maior audiência. Colaborando com grandes jornais e TVs internacionais ele se destacou mostrando ao mundo o que rola no momento político brasileiro. Glenn se tornou o principal interlocutor e formador de opinião sobre o chamado Estado de Exceção (para muitos é golpe mesmo) que vive o Brasil. Glenn denunciou, inclusive, a participação de seu país de origem no imbróglio. Se ele que é americano está falando que tem dedo do Tio Sam nessa história... E ele não é o único americano a denunciar as ações do seu país. São muitos.

O livro foi escrito no calor do momento. Poderia ser melhor e mais interessante. Tem muitos slides ou power point, coisa que parece que as agencias de controle gostam de usar e virou piada por aqui no episódio de um juiz de Curitiba.

A conclusão que Snowden e todos chegaram é que a coleta massiva de dados não tem nada a ver com a desculpa esfarrapada dada pelo governo americano: se proteger de ataques terroristas. Muitos já aconteceram depois de 11 de setembro e a NSA não pode antecipar nem barrar. A espionagem em massa tem fins comerciais, políticos. Os dados roubados de zilhões de pessoas são usados eventualmente se houver necessidade. Se vc. cometer um crime, eles vão vasculhar esses dados e achar tudo sobre vc., mas se vc. não fizer nada de errado, não tem o que temer. Mas dados comprometedores podem ser usados para pressionar pessoas a colaborar com o que os americanos desejem obter de pessoas, empresas, países, etc. Chantagem básica. Antes as provas comprometedoras eram produzidas. Eles atraiam quem desejassem para uma cilada, com um prostituta por exemplo e depois usavam as imagens para obter o que queriam, ainda fazem isso. Mas agora o alvo pode ele/ela mesmo produzir provas sem saber que está sendo vigiado. Basta entrar num site de pornografia e já será isca fácil.

Muitas pessoas entram em sites que poderiam compromete-las se fossem divulgados. O problema desses dados é que se alguém com más intenções começar a usar esses dados para subornar comuns, ninguém mais terá paz. e os dados são armazenados. Tudo o que vc. faz na internet, no celular, no telefone fixo, é copiado. Senhas de banco, cartão de crédito, tudo. Nada está oculto.

Grandes sites são obrigados a liberar acesso a esses dados: Google, Facebook, Skype, Whatts, todos que permitam bisbilhota a vida alheia e montar um perfil ou produzir provas.

O sistema Microsoft é totalmente feito para gerar diretamente dados para a NSA. Acesso total. Dai vc. entende o acordo do (atual) governo brasileiro para trocar seu sistema usado até em então pelo da Microsoft. As pessoas estão dizendo que essa troca vai custar milhões, vai, mas quem vai pagar não vai ser o governo brasileiro.  Digamos que seja um presentinho da NSA. Tudo o que trafega no âmbito do governo poderá ser coletado. Eles saberão tudo o que quiserem de antemão e poderão se antecipar nas decisões ou influir de acordo com seus interesses comerciais e políticos.
Não importa o sistema digital, analógico, fibra óptica, telefone, satélite, rádio, o que for. É tudo controlado.

Há programas que criptografam email e chats. O autor usou e provavelmente ainda os usa para se comunicar com Snowden e outros jornalistas.

Ele diz que a CIA tem uma base muito grande e agressiva no Rio.

O governo americano gasta bilhões para vigiar o mundo. Na verdade, se cada cidadão americano soubesse quanto é gasto talvez houvesse uma revolta daquelas boas por lá, mas eles também são tão tapados como nós.  Americanos passam fome, tem uma vida miserável e mais de 90 mil funcionários se dedicam a controlar ou tentar controlar o que fazemos na rede. Parece que é só isso que importa, nada mais. 

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