The only real voyage of discovery consists not in seeking new landscapes, but in having new eyes. Marcel Proust


domingo, 3 de maio de 2015

As Mil e Uma Noites

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Há muitas versões dos contos das Mil e Uma Noites que fica difícil escolher qual é a mais interessante. A mim me encantaria se houvesse uma versão em versos. Pelo menos da parte que se dá entre o encontros de Sherazade e o rei Shariar.

Já havia visto essa edição em outro formato há muitos anos atrás. Não me animei a ler quando era um volume só.

Percebi que o fato de haver uma novela turca em voga no Brasil com o nome de Mil e Uma Noites reacendeu o desejo de muitos em ler os contos. Todavia os trechos citados na novela são uma licença poética e não serão encontrados nesse livro. Sei que há alguns trechos em verso. mas pelo que pesquisei só está disponível em outros idiomas.

Possivelmente levarei alguns anos para ler todos os contos. Esta versão é Antoine Galland com intro de Malba Tahan, tradução de Alberto Diniz.

Ao contrário do que se costuma ver algumas histórias em pequenos livros adaptados para crianças, esses contos não são recomendados à crianças. Muitos deles são uma espécie de Decamerão, contos para adultos. Há os mais conhecidos: Ali Baba e os Quarenta Ladrões, Aladim e  Lâmpada Mágica, mas mesmo esses lidos na integra se mostrarão mais perversos que as adaptações. Como nos contos de fada a Cinderela não é bem o que lemos nos livrinhos ilustrados. 

A cultura árabe é carregada de exageros. Há uma constante louvor à Ala, mas em contra partida muitas piadas dirigidas aos judeus. A maioria dos contos parte do pressuposto de que o bem deve ser recompensado e o mal deve ser vingado. A vingança aparece em quase todos os contos fruto da cultura árabe suponho. Há uma infinidade de metáforas que nem me darei ao trabalho de analisar. Pois contos assim são feitos para mandar um recado. Faça isso e veras o que te acontece.
A moral da maioria das histórias é: Contar uma boa história pode salvar sua vida. Salvou a de Sherazade, mas ela precisou contar histórias sem fim por muitas noites. Histórias dentro de histórias dentro de histórias. Ela tinha que enrolar muito para poder continuar viva.

A edição da Ediouro pecou na revisão. Mas nem sei se ainda publicam essa versão.

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