The only real voyage of discovery consists not in seeking new landscapes, but in having new eyes. Marcel Proust


sábado, 14 de fevereiro de 2015

Ebook: Uma Rua de Roma

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Este provavelmente será o ano em que irei ler muitos autores novos. Patrick Modiano é mais um deles. Tem três livros com esse  projeto de capa que usa silabas de seu nome. MO- Uma Rua de Roma. DIA-Ronda da Noite e NO-Dora Bruder. Pelo menos são os mais recentes traduzidos no Brasil, mas tem muitos mais.

Se olhar bem por baixo do MO tem um RA lendo em X: ROMA. Só depois de aumentar a imagem é que vi que ele foi o ganhador do Nobel de Literatura de 2014. Em outubro eu estava fora do ar talvez por isso nem me dei conta do ganhador do Nobel. Achei que fosse um autor italiano mas para minha surpresa ou falta de pesquisa, ele é francês. Então pensei que seria um bom autor para ler em francês, mas não sei se vou encontrar livros seus por aqui.

Há esses três que citei acima que parece-me que foram traduzidos as pressas para não perder a oportunidade de ser o primeiro, como de costume, é o que acontece quando um nome Nobel é anunciado, as editores correm para comprar alguns títulos e se põe numa frenética tradução para que ao procurarmos pelo seu nome seus livros já estejam ali prontos para serem comprados.

Tem algumas traduções no sebo EV, inflacionadas é claro, em parte por serem edições antigas e noutra parte por ser um recente Nobel. Caso vc. vá a França dê uma olhada na página da Gallimard.

O que alias me incomodou nesse livro foi a tradução. Lendo um artigo da Folha fiquei sabendo que os três títulos já haviam sido traduzidos pela Rocco e foram reeditados. Faltou dar uma boa revisada na tradução.

E o título é bem enganoso. Uma Rua de Roma não é uma rua em Roma. É uma rua em Paris que se chama Rue de Rome. Na verdade o título original é: "Rue des Boutiques Obscures".

A história é uma investigação.Um cara que perdeu sua memória e recebeu uma nova identidade. Passou a trabalhar numa agência de detetive particular. Quando seu chefe se aposenta e se muda para outra cidade deixa a chave do escritório com o narrador. Então, sem saber o que fazer ele passa a procurar pistas do seu passado. Pessoas, lugares, fotos, endereços, tudo que possa lhe trazer de volta a memória de quem ele é ou foi. Cada vez mais vai entrando na narrativa das pessoas que encontra e acreditando que é  o cara de uma foto. Depois de esgotar todas as possibilidades ele já acha que foi outro cara e constrói uma vida imaginaria baseada nas fotos e nos relatos das pessoas que entrevistou. O fato é que ele não lembra de nada, mas acredita lembrar. E assim  ele segue sua busca sem fim.



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