A Chave de Casa e a autora Tatiana Salém Levy |
Já havia encontrado com Tatiana Salém em um seminário em SP onde ouvi ela contar como escreveu esse livro. O enredo, o processo, etc. Mas só agora me deparei com uma cópia.
Tataiana é de origem judia e a história tem a ver com esse universo. É autobiográfico,como muitos livros de estréia às vezes o são. É mais confortável escrever sobre o que já se sabe ou se tem na lembrança do que inventar um universo alheio ao nosso. Alguns críticos não gostam de histórias autobiográficas. Salinger passou a vida toda sendo criticado por só escrever sobre ele mesmo. Mas de alguma forma há que se começar e depois os demais livros devem ir por outros caminhos.
O livro trata de uma chave deixada à neta pelo vó que veio da Turquia. Era a chave da casa dele. Um costume judeu: levar a chave da casa quando se mudavam ou quando foram retirados das suas casas pelos nazistas. Eles levavam a chave pois ela representava o desejo de voltar a sua terra natal e rever a velha casa.
Lembrei das muitas chaves que vi em Ouro Preto. Até chamei a cidade das chaves.
Lembrei das muitas chaves que vi em Ouro Preto. Até chamei a cidade das chaves.
A protagonista que passa os dias na cama se recuperando de uma doença decide ir para Turquia em busca da casa do vô e se ela existir tentar abrir a porta com a chave trazida por ele ao Brasil.
Até o desfecho, muitas reminiscencias,e uma multidão de vozes aparecem na narrativa.
Lembrou-me Valsa n. 6 de Nelson Rodrigues.
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