
Não é exatamente o livro da semana ou lido em uma semana mas que terminei de ler na semana. Já havia lido, ou melhor dizendo tentado ler, em inglês. Vi uma tradução da Bernardina da Silveira Pinheiro e pensei deve ser uma tradução razoável já que ela também se dedicou a mais recente tradução de Joyce. Mas ainda não é o que eu esperaria da linguagem de Joyce. Quando tiver o texto original vou saber o que esperar da linguagem de Joyce. Já que o meu livro em inglês já foi doado quando ainda estava na universidade. Há linguagem formal principalmente o uso excessivo dos pronomes "me e lhe" após verbos. Ok, que é a forma correta, mas soa muito formal. Ninguém fala assim. Não tenho nada contra a linguagem formal. Afinal uma ficção não precisa se apegar a uma linguagem formal ou informal, nem mesmo a regras fixas. Sendo ficção pode inventar uma outra linguagem. Coisa que o Joyce se dedicou obsessivamente. Não no Retrato, onde ele apenas discute a possibilidade estética e formal. Mas em outros textos dele, especialmente em
Finnegan´s Wake.Talvez ai Joyce tenha se excedido e criado um Frankenstein incompreensível. Pobres dos tradutores de Joyce. Talvez Joyce não quisesse ser traduzido.
A infância de Stephen Dedalus é a parte mais interessante. A adolescencia é um trecho chato, onde a retórica jesuítica aparece mais. Natural pois é uma fase de conflito entre a vida de prazeres e a obrigação de escolher permanecer na congregação ou se libertar dela. A fase pós adolescência é onde se tenta resolver os conflitos anteriores. Faz-se escolhas certas ou erradas para vive-las dali por diante. A escolha de Stephem é o exílio. Mas igualmente chata pois debate a retórica da estética. Uma busca pela beleza e perfeição da palavra. Obsessão que acompanhará Joyce em toda sua obra. O final em forma de diário também é bom.
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