The only real voyage of discovery consists not in seeking new landscapes, but in having new eyes. Marcel Proust


segunda-feira, 6 de julho de 2009

Roma-Madri-SP

Tomei banho, tomei café. Fiz sanduiches e sai dos Hostel. Fui caminhando até a Estação Termini. Já tinha checado onde para o ônibus Cotral para o Aeroporto, mas como os horários são escassos optei por ir de trem. Dessa vez comprei o bilhete na máquina e paguei 11 euros, ainda acho caro pelo trecho, mas fazer o quê?

Na Estação tinha uma mulher tentando aplicar o golpe do bilhete. Ela tentava vender um bilhete usado para o aeroporto. Só cego não via que era um bilhete velho e usado. Mas sempre tem alguém que cai no golpe senão ela não estaria ali. A polícia italiana é como a brasileira faz vista grossa a esse tipo de pessoas. Dizem que tem pena, que o fulano tb. precisa sobreviver. Mas sobreviver roubando também é válido? Falei para um italiano que a Itália está pior que o Brasil.
Esperei a tela confirmar a via de partida e fui para lá. Validei o bilhete na máquina amarela. Na entrada do trem tinha um balcão vendendo bilhetes a 12 euros.

Como entrei no primeiro vagão tinha ar condicionado, mas nos outros não.

Agora parecia outra viagem totalmente diferente da chegada. Como a visão de um lugar muda quando seu humor muda.

Chegamos em 30min. Agora eu vi a máquina que não tinha visto quando cheguei. Consegui me movimentar com mais liberdade no aeroporto, com tempo para explorar o Fiumicini.

Quando estava na esteira, saindo do deck do trem e indo para a área de embarque vi o ônibus da Cotral e onde ele estaciona. Bem perto dos taxistas e eles me disseram que não existia tal ônibus. Comecei a rir. Mas agora já sei. Se voltar à Roma já sei.

No segundo andar tem um bar que é frequentado pelos funcionários do aeroporto e tem preços mais condizentes com a realidade. Então me esbaldei tomei 3 latte machiato 1,25 euros cada. Não queria levar moedas de volta. Gastei todas que tinha tomando latte machiato.

Era cedo para passar no raio x e ir para o portão de embarque, mas não tinha o que fazer e nem sabia qual seria o número só a letra. Meu voo para Madri é 16:00

Sentada no Terminal B uma moça distribui folhas. Faz uma pesquisa sobre o tipo de transporte utilizado pelas pessoas para vir ao aeroporto. A maioria diz que veio de taxi. Acho que ela pensou que eu era italiana pois não me deu o questionário. Ah! se desse! Como pode um aeroporto em Roma ter como "única" opção de acesso à cidade por taxi? Sendo que a cidade tem metrô, tem ônibus, trem... Precisa pôr todas as opções a disposição e não monopolizar.

O que aconteceu depois foi uma longa espera. A Vueling atrasou, trocou de portão de embarque, houve barraco, reclamação, a polícia foi chamada. Até certa altura não me preocupei porque tinha um intervalo bem longo para o meu embargue em Madri. Mas quando vi que já eram 20:00 e ainda não havíamos decolado comecei a me preocupar. Tivemos que ir de ônibus até outro lugar longe dali para embarcar num avião da ClickAir que deve ser da Vueling. Nos ofereceram apenas um copo de água.

A comandante avisou que só estava esperando a liberação da pista. Pediu desculpas pelo atraso e fomos embora. Já passavam das 23:00 quando chegamos à Madri e meu voo às 00:10. Sai correndo para fazer o check in no balcão da IBE. A moça não queria fazer porque eu não iria despachar a mochila mas depois ficou com pena de mim e acabou fazendo. Me perguntou de onde eu vinha e ficou espantada por eu ter ido à Roma só com aquela mochila e mais espantada quando falei que tinha ido ao Caminho de Santiago com a mesma mochila. Fiquei com o último assento na fileira 37. Ao passar pelo raio x o cara me fez deixar o canivete e a tesoura ele achou que tinha ponta pequena. Passei pelo raio x umas 5 vezes entre aeroporto e trem e ninguém me barrou. Vai entender.

Tinha que descer até o térreo pegar o trenzinho e ir ao portão 70U. Uma maratona.
Mas deu tempo. O voo foi tranquilo apesar do entra e sai e gente esbarrando no corredor consegui cochilar. Pela primeira vez sentei nas poltronas do meio do avião. Do meu lado um casal do Paraná.

Ao chegar à SP a fila de saída foi tumultuada. Os procedimentos devido à gripe A, desorganização. Não tinha ideia de que as coisas estivessem tão graves no Brasil,pois no Caminho não se ouvia falar em gripe A e muito menos na Espanha ou na Itália não vi ninguém com máscara. Mas aqui a coisa parecia séria.

Tomei um café no aeroporto que me fez lembrar dos preços na Europa. Era como se eu não tivesse chegado ao Brasil. Enquanto se está no aeroporto é como se ainda não tivéssemos chegado.

Fui para a fila da Gol e descobri que hoje não é dia 08 e sim 07. Me enganei no cálculo do dia de chegada e vou ter que ficar um dia em SP. Nada mal pois estou exausta. Fui para fora do aeroporto e no térreo em frente a Asa A, frente ao guarda volumes vi o ônibus que vai até o metrô Tatuapé. Tava um dia com névoa e garroa. Mas depois que chegamos ao metrô já tinha sol.

Comprei dois bilhetes do metrô e fui Para o Hostel. Deixei minha mochila lá pois a entrada é às 14:00, mas o cara disse que talvez às 12:00 já tivesse liberado. Fui na C&A e depois fui almoçar. Quando voltei vi que o quarto estava cheio e só tinha cama no alto do beliche. Mas nem liguei acho até que seria melhor.

Dormi até quase ás 17:00.

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