Neste pleito o cidade está tão quieta que até parece que não teremos eleições. Graças a rigidez nas leis eleitorais. E ademais nessas eleições tudo que podia antes não pode mais: não pode espalhar cartazes, sujar paredes, postes, ruas, fazer comício em lugares abertos como praça, distribuir brindes com canetas, camisetas, etc. A campanha está concentrada no meios midiáticos: TV, rádio, internet, plásticos colantes nos carros. Nem uma TV local há. E só temos uma rádio. Então os candidatos não podem ser vistos na tv, somente ouvidos. De resto eles tem que bater de porta em porta pedindo apoio e deixando seus "santinhos", ou eles ou seus ajudantes de campanha.
É tão estranha essa situação que até estou sentindo um vazio que lembra aquela história do bode na sala. Quando o bode está na sala fazendo bagunça e incomodando até chegar ao limite então ele é retirado da sala, mas passa um tempo e as pessoas já começam a sentir falta do bode e querem que ele volte porque parece mais suportável o bode na sala que o vazio da sua ausência .
O fato é que ao restringir a campanha ao nível midiático muitos candidatos não familiarizados com esse universo e despreparados perderam seu poder de ataque. Ou eles tem marqueteiros bem criativos que os preparam a fazer trejeitos e dizer um texto convincente ou se limitarão a dizer "Eu sou Zé da Padaria-Meu número é 12345"
Nesse caso é o vazio de informação. Antes ela corria atrás do eleitor agora é o eleitor quem tem que correr atrás dela. Os papeis se inverteram. É um salto à consciência. Afinal se eu não me interessar em saber quem está disputando o pleito o problema é meu. Os candidatos fizeram a sua parte dentro das limitações eleitorais que lhes foram dadas. Cabe a cada cidadão fazer a sua parte: informar-se. Para quem ainda não sabe nem quem é quem eis a lista do TSE.
Nenhum comentário:
Postar um comentário