Riobaldo e Diadorim |
Riobaldo renuncia a Diadorim. Para ele Diadorim é impossível. Na sua cabeça há uma barreira intransponível para que o amor entre dois homens se realize. Só seria possível se ele se deixasse conduzir por aquele de quem não se fala o nome, mas Riobaldo fala todos os sinônimos. Ele acha que fez um pacto, mas como nada acontece. Como Diadorim não se transforma em uma bela ninfa de olhos verdes e cabelo loiro Riobaldo deduz que o Coisa e Tal não existe. Pronto não existe porque não atendeu sua vontade, não satisfez seu desejo. Todavia Diadorim será mostrado como Riobaldo o queria. Mas só depois de se vingar daquele que matou seu pai. Diadorim abre mão de Ribaldo em nome de uma vingança esperando estar livre depois para tirar seu disfarce. Mas Diadorim será castigada por sua escolha. O fim está próximo. A Riobaldo só restará lamentar por ter renunciado cedo demais.
"Repensei tudo aquilo. Visão absurda. Era como se fosse separado dele por um grande fogo, por um poço profundo, da distância enorme de um rio cheio. Como posso amar um homen igual a mim, vestido e armado de homem, cheio de rusticidade em suas ações? A culpa era dele? A culpa era minha?"
Trecho traduzido da edição em italiano. Feltrinelli,p.404.
Gostei dessa experiência de ler autores brasileiros em outro idioma. Talvez leia outros títulos do Guima em italiano.
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