Passeio de Índio

Passeios de barco em Manaus ou hospedar-se em Lodges (acampamentos) na selva ou flutuantes, pode ser uma aventura, mas também pode ser uma roubada.

Uma casa no rio

Pesquise bastante antes de fechar com alguém. Exija que todas as condições oferecidas sejam registradas em contrato pela agência. Os preços variam muito.

Demonstre desinteresse ao invés de dizer que é caro e o preço pode baixar pela metade. É um truque, sinal que ainda estão ganhando. Evite pessoas que oferecem passeios na rua, no aeroporto. Vc. pode ouvir as propostas mas não aceite-as de imediato. Diga que vai pesquisar outras opções ou que já tem passeio agendado.

Fiz um passeio em que cada pessoa pagou um valor diferente pelo mesmo passeio. Fui a que pagou menos porque me recusei a pagar o valor inicial. Sabia que o passeio não era grandes coisas e se tivesse resistido mais poderia ter pago menos. Teve um suíço que pagou R$ 900,00 por 3 noites num flutuante, enquanto seus colegas pagaram 340,00.Era visível a decepção deles quando chegamos no local. Eu não fiquei no flutuante. Só fui até lá e voltei.

Por mais que seja caro ainda é melhor ir com uma agência credenciada e com registro do que com alguém independente. Há casos em que as pessoas são deixadas em um lugar distante de barco e depois ninguém volta para buscá-las. Ou são roubadas e abandonadas em lugar onde não podem voltar. É sempre um risco. Se vc. conhece alguém que já fez algum passeio e pode te dar referências, melhor.

Encontro das águas é bem melhor visto do alto.

Conforto e limpeza é um item que não deve ser esperado em passeios de barco na Amazônia. Mesmo os barcos que fazem longas viagens para outros estados e cidades, dormindo em redes, etc. A superlotação de barcos de viagem é outro fator de risco. Volta e meia um desses barcos afunda. Viajar dias num barco desses é um risco que deve ser ponderado.

Se fosse para viver como índio na selva, em tendas até seria interessante, mas os índios não vivem mais assim. Eles também querem o conforto da cidade mesmo morando no mato.

É importante saber que na cheia é o melhor período para passeios nos rios. Jan- maio. Na vazante o que encheu começa a descer e sobra só o rio. Ás vezes, se o período for de seca muito intensa até os rios secam e a navegação fica impedida.

A maioria da população ribeirinha depende dos rios pois eles são as estradas da Amazônia.

Por fim, evite aquele sentimento de que "Talvez eu nunca mais volte nesse lugar." É ele que nos faz correr riscos ou aceitar pagar absurdos. O mundo não é mais tão distante e inacessível e mesmo que demore, há possibilidade de voltar ao mesmo lugar e aproveitar mais dele sem se decepcionar ou gastar fortunas.