Sampa está cada vez mais GLS ou sempre foi e eu não via. As pessoas andam nas ruas com seus pares livremente. Tenho a impressão que veem à Sampa para poder andar de mãos dadas na Paulista, tomar um frapuccino olho no ollho na Starbuck. Gosto dessa Sampa que acolhe as diferenças.Fui ao HSBC Belas Artes. Uma garota na mesa do café disse que tinha uma teoria. Me intrometi na conversa (pasmem, nunca faço isso com estranhos) e perguntei qual era a teoria. Ela disse que todos ali iriam ver Milk. Quis saber se ela achava que quase todos que veriam o filme eram gays. Ela respondeu que era bem provável. Pergunta e resposta sem noção. E eu nem me atrevi a perguntar se ela se incluia entre "todos" porque ela também poderia devolver a pergunta para mim. E, embora eu tenha uma "alma" livre,meu corpo não corresponde. Ela ainda profetizou que os que não eram gays, talvez, saíssem da sala antes de acabar o filme. Mas foi um tiro na água.Milk não é apelativo e nem choca como Brockbeck Mountain. Então gays e não gays se sentaram e riram. Ninguém saiu da sala. Pelo menos eu não vi.
É bem verdade que Gus Van Sant poderia ter apelado, mas optou por uma edição mais ligth.
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