Recentemente li esses dois livros que tratam da seca no nordeste. Vários períodos de seca aconteceram, mas a de 1915 foi a mais devastadora. Durou cinco anos. Matou muita gente de fome e fez com que um grande parte da população migrasse para outros estados. Em princípio para o Amazonas e depois para São Paulo e RJ.
O livro da Raquel de Queiroz descreve todos os lados da moeda. Os miseráveis retirantes, seu sofrimento, suas perdas. E o lado dos que podiam ir embora porque tinham recursos para viver na capital, aqui a história se para no Ceará. Há também os que ajudam os retirantes e há os que lhes negam um pouco de água e comida. É um texto simples, com capítulos curtos, mas muito direto.
A Bagaceira começa com retirantes pedindo ajuda e sendo escorraçados pelo senhor do engenho, mas depois ele muda de ideia e resolve acolhe-los. A situação ali é um pouco melhor e a história se passa já no fim de uma seca, portanto a seca é mais um pano de fundo. Mas acaba na seca 1915, Novamente com a chegada de retirantes da grande seca. A narrativa é circular no que diz respeito a uma personagem. A história mesmo é sobre disputa de alguns homens por uma moça.
O grande problema da Bagaceira é que ele muitas das vezes é de difícil leitura já que o autor usa termos da linguagem regionalista. Mesmo fornecendo um glossário, nem todas as palavras se encontram nele. Isso torna a leitura muito lenta.
O grande problema da Bagaceira é que ele muitas das vezes é de difícil leitura já que o autor usa termos da linguagem regionalista. Mesmo fornecendo um glossário, nem todas as palavras se encontram nele. Isso torna a leitura muito lenta.
A chegada da chuva em ambos livros é retratada como um milagre da natureza.
Não sei se Vidas Secas é desse período de seca. Mas com certeza há outros livros que focam na grande seca.
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