Um detalhe que me chama atenção em seus contos é uma pitada aqui e acolá do sobrenatural, um dos elementos do chamado gênero fantástico ou gótico ou até do terror. Sei que ela tem um livro só com histórias nesse terreno, chama-se Mistérios.
Hoje o gênero fantástico nas suas múltiplas nuances anda bem diferente. Vai de Harry Potter e O Senhor dos Anéis a livros mais terríveis que deixariam o velho Drácula com receio de sair do seu caixão.
Já li todos os clássicos desse gênero desde Horace Walpole, Brian Stoker, Mary Shelley, R.L Stevenson, Alan Poe, Oscar Wilde, dos que lembro.
Como já escrevi em outro momento não é meu gênero de leitura favorito, mas os clássicos são os clássicos e eles fazem jus ao gênero bem melhor do que o que vem sendo escrito nos últimos anos.
A própria escritora explica em texto chamada "O Princípio do Medo", que faz parte do livro, de onde vem seu gosto pelo fantástico. Diz ela que as histórias que a mãe contava a ela e as crianças eram sempre para assustar e despertar calafrios. Histórias de lobisomem por exemplo. Ela mesma, ainda criança, passou a contar essas histórias e a inventar algumas.
Invenção e Memória como o nome diz combina a ficção com aspectos biográficos da escritora, bem engendrados, de modo que só quem a conhece na intimidade sabe de onde o fio inicial veio e que partes foram conectadas à invenção.
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