The only real voyage of discovery consists not in seeking new landscapes, but in having new eyes. Marcel Proust


terça-feira, 10 de abril de 2012

A Relação dos Americanos com o Dinheiro.



Resultado de imagem para american moneyO americano não tem problema em inventar algo para ganhar dinheiro. Eles, não todos, se jogam em experiências. A relação do americano com o dinheiro não tem melindres, nem pudor. Ao contrário da nossa relação que é muito diferente da deles. Nós gostamos de dinheiro, mas temos vergonha de tudo que diz respeito a ele. Como se fosse pecado ou impuro. Dai quando fazemos algo que envolve dinheiro temos que fazer as escondidas para não parecer que somos isso ou aquilo. Temos que esconder nossa condição por que parecer bem de vida ou rico pega mal. É comum ver pessoas que tem muito usando a celebre frase: "Eu sou pobre". Como se se fazer de pobre fosse mais seguro do que assumir sua real condição. E em um país com tanta desigualdade certamente é mais seguro fingir que não tem muito. Mesmo os mais ricos em outros países fingem-se mais modestos fora do seu circulo de convivência. Mas a nossa relação com o dinheiro é mais doentia, mais propensa a desvios de caráter.
Já o americano aprende desde pequeno a lidar com o dinheiro e ganhar dinheiro de maneira honesta. Ter dinheiro é um dos elementos mais importantes que caraterizam sua independência. O outro é ter um carro, mas deste vou falar em outro artigo.

Desde pequeno se metem a ganhar dinheiro fazendo pequenas tarefas como cortar grama, entregar jornal, cuidar de uma criança do vizinho, levar cães para passear, pintar a cerca, lavar a louça, levar o lixo para fora, etc, sua independência chega cedo. Eles podem começar a dirigir aos 16 anos e tendo um carro podem ir onde quiserem trabalhando aqui e ali, fazendo bicos para pagar a gasolina e viajar. Eles tem essa liberdade.

Não que os pais não liguem, mas eles não prendem tanto quanto nossos pais nos prenderiam e nos prendem. Eles soltam mais os filhos. Em alguns casos, após eles completarem 18 anos os pais sugerem que os filhos começam a se virar. Mudem-se de casa e passem a trabalhar e pagar suas contas. Já foi mais radical a ponto de os filhos serem expulsos de casa, como a mãe pássaro que derruba os filhotes do ninho para que eles aprendam a voar. Mas gerações de pais bem sucedidos afrouxaram bastante essa tradição e hoje com o país em crise há muitos filhos que não saem de casa tão cedo ou nem saem mais.

Na nossa cultura, paternalista, isso seria visto como crueldade e não um método eficaz de independência. Mas nós temos muitas diferenças paternalistas que nos forçam na direção oposta. Ou seja a sermos cada vez mais dependentes dos pais. Mesmo os que tentam sair de casa e ser independentes se vêem na obrigação de ficar dando as coordenadas de sua vida aos pais.

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