Dos 67 capítulos, a partir do 20 começa a ficar mais interessante. Embora para mim o discurso seja amplamente conhecido. Ou seja: seu ouvido já ouviu, seus olhos já leram, seis dedos já digitaram e sua boca já falou.

Não, não vá pensando que esse livro é um manual para conversar com um, dois ou todos os fascistas. Não mesmo. É óbvio que fascistas não são dados ao diálogo. A menos que eles sejam os únicos com a razão. e quando alguém se apega ao ter razão, eis ai um sinal de que você está diante de um fascista, que talvez nem saiba que o é. Eles até podem fingir que te ouvem e até podem se segurar para não expor sua doutrina, mas no fundo um fascista não deixa de sê-lo enquanto vivo. É aquele tipo de convicção que morre com o indivíduo, pois ele se reveste de uma couraça impenetrável. É um tipo de proteção. Sem ela a pessoa fica perdida num mundo que quer mudança e não retrocesso. Que quer vida mais descomplicada e simples e não volta ao passado ou morar em uma tenda de couro. Que quer expressar-se com liberdade e escolhas e não ser tolhido, adestrado, forçado a seguir padrões antigos e desgastados. O fascista quer prender, conservar, imobilizar, controlar, ditar regras que lhes são mais confortáveis ou convenientes. Faz par com o ditador. Anda de braços dados com o conservador-ressentido dos velhos tempos, onde "isso" não acontecia.
Para mim que conheço muitos, não foi novidade, mas para as novas gerações pode ser um bom ponto de partida para a reflexão.
Como dialogar com o fascista que você tem em casa?
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