The only real voyage of discovery consists not in seeking new landscapes, but in having new eyes. Marcel Proust


segunda-feira, 22 de junho de 2015

Ebook: Bio:Guga


Ler a bio do Guga me fez lembrar bons tempos em que eu acompanhava partidas de tênis pela TV e depois nos lugares onde morei quando havia algum campeonato eu procurava ir assistir. Provavelmente Guga estava lá mas eu não o vi. Nunca vi Guga jogar porque partidas do masculino não me atraiam. Eu só queria ver as meninas jogando. Pena. Mas como a gente ia saber? Eu morava do lado do Lira Tênis Clube. Via o pessoal jogando da janela do 11 andar. Quando tinha campeonato, às vezes descia para ver de perto. A quadra principal era logo na entrada e dava para ficar bem perto da mureta que contornava a quadra. Ver cada reação da tenista. A presença da família. Era o máximo, mas eu nunca pude pagar para fazer aulas ali. Meu pai não pagaria e eu não trabalhava para poder pagar. Assim minha vida de tenista resumiu-se em bater bola na parede. Na parede de frente da casa. Cada um que passava falava alguma coisa do tipo: "Se cuida Stef Graf."  entre outras frases.

No prédio em que morei por último tinha quadra e poderia jogar, mas não tinha com quem jogar e novamente a solitária parede ajudava a aquecer. Muitas pessoas que vêem de fora acham que jogar paredão é vexatório. Eu achava um bom exercício e aposto que todos os tenistas ou aficionados pelo tênis já bateram bola na parede alguma vez na vida. Então se é para jogar na parede fui jogar squash.

Mesmo para quem nunca viu Guga jogar, nem teve o mínimo contato com ele, mas gosta de tênis poder ler os relatos de cada partida do Grand Slam em Roland-Garros, é algo que te dá uma dimensão da luta que é se manter no jogo e levá-lo até o fim.

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